Milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (12), em diversas cidades do Brasil, para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Os atos foram marcados em mais de 400 municípios brasileiros. Em Curitiba, cerca de 40 mil pessoas – segundo a PM – iniciaram a concentração na Praça Santos Andrade e encerraram o protesto na Boca Maldita. O número é inferior às 80 mil pessoas que participaram dos protestos no último dia 15 de março.  Para as manifestações deste domingo (12) estavam confirmadas 33 mil pessoas nas redes sociais.
Inicialmente, por volta das 15 horas, a  estimativa da Polícia Militar era de que 8 mil pessoas protestavam em Curitiba. O número foi corrigido cerca de uma hora depois, em razão do grande número de pessoas que se dirigiram ao local de concentração. O público começou a se dispersar a partir das 16h35 e não houve nenhum registro grave.
Outras 23 cidades do estado também tiveram manifestações, totalizando pouco mais de 45 mil pessoas protestando em todo o Paraná. Em Londrina a PM estima que 5 mil pessoas participaram dos atos. Em Astorga, na região norte, 100 pessoas participaram do protesto, que não teve ocorrências. Em Cruzeiro do Oeste, também na região norte, 50 pessoas participaram da manifestação. Em Paranavaí, 500 pessoas participaram do protesto e Foz do Iguaçu registrou 1.200 participantes.
Todos os batalhões da PM de Curitiba, do interior do estado e unidades especializadas, estão envolvidos na ação e acompanham a movimentação do público. A contagem de público, fornecida pelo Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA) e do 12º BPM, é técnica e feita de acordo com critérios internacionais, segundo a assessoria da PM.
Manifestações pelo Brasil
A maior concentração, até o início da tarde, era registrada em Brasília, com cerca de 25 mil pessoas na frente do Congresso Nacional e a Esplanada dos Ministérios, segundo a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Já os sete organizadores – Diferença, Vem pra Rua, Foro de Brasília, Tô na Rua, Movimento Brasil Contra a Corrupção, Movimento Limpa Brasil e Movimento Brasil Livre – estimaram 40 mil, igual ao verificado no protesto do dia 15 de março.
Os números da Polícia Militar em Brasília e em outros municípios estão sendo menores do que os divulgados no dia 15 do mês passado. Naquela ocasião, em 212 municípios, houve 1,9 milhão de adesões, de acordo com a PM, sendo 1 milhão em São Paulo. Segundo o Instituto Datafolha, a mobilização na Avenida Paulista reuniu naquele dia 210 mil..
Em São Paulo, perto do meio-dia, a população começava a ocupar as calçadas da Avenida Paulista e os motoristas promoviam buzinaços. Na avenida, o partido Solidariedade coletava desde as 9 horas assinaturas para um abaixoassinado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
O Rio de Janeiro registrou um princípio de tumulto em Copacabana. Próximo ao Posto 3, um homem fez provocações aos manifestantes. Ele foi cercado por policiais militares e retirado do local sem resistência. Sozinho, ele condenava o protesto e foi hostilizado e ameaçado por manifestantes. No total, três carros de som de diferentes grupos que pedem a saída de Dilma. O ato no Rio começou às 11h e teve adesão de milhares de pessoas segundo participantes.
Em Belo Horizonte, a PM estimou em 3 mil o total de manifestantes na Praça da Liberdade. Na última manifestação, em 15 de março, 25 mil pessoas compareceram.
Um dos líderes do protesto no Rio Grande do Sul, Fábio Ostermann, do Movimento Brasil Livre (MBL), disse que esperava cerca de 20 mil pessoas no Parque Moinhos de Vento, número também mais modesto que o visto no dia 15 de março (cerca de 100 mil, de acordo com a Brigada Militar). Segundo ele, o motivo é a ampliação dos protestos pelo interior do Estado. “Da outra vez nós tivemos só cinco eventos no Rio Grande do Sul, então muita gente veio de outras cidades para participar. Desta vez temos mobilizações marcadas em 35 locais do Estado”, disse.