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Para Teori Zavascki, repasses da Consist não têm relação com fraude na Petrobras. Ato abre caminho para outros casos saírem da mão de Moro
Via Gazeta do Povo
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deixou de analisar relatório sobre suposto repasse de dinheiro da Consist Software para pagamento de despesas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (PT-PR), entre outros. A senadora e o ex-ministro negam todas as denúncias de irregularidades.
Zavascki considerou que a acusação não tem relação direta com as fraudes na Petrobras e que, portanto, ele não seria o juiz natural do caso. A decisão deixou investigadores que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba preocupados.
Para esses investigadores, ao não se reconhecer como juiz natural do caso Gleisi, Teori pode abrir caminho para que outros casos da Lava Jato, sem vínculos específicos com a Petrobras, saiam também da esfera de atuação do juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba. Para delegados e procuradores, a questão é crucial e pode definir se a operação terá fôlego para avançar sobre outras áreas, além da Petrobras.