Eles são itinerantes. Os profissionais da Prefeitura que trabalham nos Consultórios na Rua atendem pessoas em vulnerabilidade social e não param muito tempo em um mesmo lugar.
Circulando em um trailer adaptado para prestar serviços de saúde, as equipes fizeram 14.209 atendimentos em 2018, 11,4% a mais que os 12.751 de 2017.
“O acesso à saúde é para todos os curitibanos. Por isso, nos esforçamos para que ampliar a oferta do serviço do Consultório na Rua”, afirma a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak.
São quatro equipes, formadas por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, assistente social, cirurgião dentista e técnico em saúde bucal, que vão a pontos estratégicos da cidade, como Largo da Ordem, praças Rui Barbosa e Santos Andrade, Terminal Boqueirão, onde moradores de rua costumam se concentrar.
Também percorrem a cidade em busca destas pessoas. Para isso, além do trailer, utilizam duas ambulâncias de suporte.
Serviços ofertados
Atualmente, o Consultório na Rua acompanha 2.738 pacientes e oferta vacinação, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite C, medicamentos e acompanhamento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, bronquite.
Os problemas de saúde mais comuns entre os usuários do serviço são lesões de pele e dos pés, doenças infectocontagiosas e crônicas, viroses, dependência química.
“Quem vive em situação de rua está exposto a sofrimentos e prejuízos para a saúde. Os motivos que as levam a essa situação são vários. Por isso, o atendimento é individualizado, respeitando cada história de vida”, conta a coordenadora do Consultório na Rua, Ana Carolina Schlotag.
Nos casos de transtorno mental e dependência química, o Consultório na Rua realiza ações conjuntas com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e hospitais psiquiátricos.
Redução de mortalidade infantil
Em parceria com a Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, as gestantes atendidas pelo Consultório na Rua têm prioridade em consultas, exames e procedimentos, com adaptações de horários que permitam à equipe acompanhar cada passo – até no momento do parto, se for necessário.
A busca ativa dessas gestantes é feita semanalmente, acompanhando o progresso da gestação. O Consultório na Rua também busca formar núcleos de apoio para a futura mãe, com familiares, vizinhos, companheiros, para retirá-las da situação de rua e assegurar o bem-estar dela e do bebê.
“Ações como essa contribuem para a queda de mortalidade infantil em Curitiba”, destaca a secretária da Saúde. A taxa de mortalidade infantil em Curitiba caiu de 8,7 óbitos em cada mil nascidos vivos, em 2016, para 8,3, em 2017, uma redução de 4,6%.
Para as mulheres em idade fértil, são oferecidos métodos de anticoncepção e orientação em Planejamento Familiar. Também oferta o teste rápido para identificar a gravidez.
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