O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que chegou a Washington no domingo, foi recebido na Casa Branca, junto com sua comitiva, nesta terça-feira. Ele teve um encontro privado com Donald Trump no Salão Oval e os dois fizeram uma declaração conjunta à imprensa no Jardim das Rosas. O comunicado mencionou a crise na Venezuela e como Brasil e EUA pretendem atuar unidos pela democracia na América Latina, fazendo uma crítica ao “socialismo” de Maduro.
Empresários brasileiros não esperam que a visita do presidente Jair Bolsonaro gere, no curto prazo, medidas concretas que reforcem o fluxo comercial entre os dois países. Este é o resultado de uma pesquisa inédita realizada pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil) com 252 presidentes e diretores de empresas de companhias atuam em diversos setores do País.
Para 86% desses empresários, o governo brasileiro está empenhado em uma real aproximação. Dos que se mostraram otimistas, 49% acham que a visita de março ainda não trará efeitos concretos no fluxo comercial, mas 37% acreditam que o encontro resultará em ações práticas. Outros 12% se mantiveram neutros e disseram que ainda é cedo para avaliar os efeitos.

“A pesquisa mostra uma expectativa realista em torno de ações e entregas intermediárias que lançam as bases para entendimentos duradouros. Precisamos de medidas à curto prazo para trazer um novo folego de diálogo a relação e aquecer negociações para conquistas amplas e ambiciosas. A intenção de um acordo comercial pode até parecer em discurso dos dois presidentes, mas sabemos que ela é completamente dependente desse entusiasmo comercial e bilateral renovado à curto prazo”, explica Deborah Vieitas, CEO da Amcham.
Redes sociais
Sobre redes sociais, Trump criticou tanto Facebook quanto Twitter e disse que há uma “situação de conluio” por parte das pessoas que administram essas duas plataformas. “Precisamos tomar uma atitude”, afirmou o presidente.
Bolsonaro foi perguntado sobre a eleição de 2020, caso um candidato que defenda posiçõe socialistas vença a disputa americana. “É um assunto interno, respeitaremos o resultado das urnas, mas eu acredito piamente na vitória de Donald Trump”, disse o presidente Brasileiro, que recebeu um “agradecimento e concordância” do republicano.
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Sobre uma intervenção militar na Venezuela, Bolsonaro afirmou: “Tem certas questões que se você divulgar deixam de ser estratégicas. Asssim sendo, essas questões que se foram discutidas, se já não foram, não podem ser discutidas”, disse o presidente. Trump foi questionado sobre a possibilidade de uma intervenção militar e reitera que todas opções estão sobre a mesa.
Sobre Venezuela, Trump diz que ainda não foram implementadas as sanções mais rígidas e que tudo está sobre a mesa. “É muito triste. Não queremos nada além de cuidas das pessoas que estão famintas (…) falta alimento, água, energia elétrica.”
Bolsonaro é questionado sobre a possibilidade de uma base americana no Brasil. “Discutimos a possibilidade de o Brasil entrar como um grande aliado extra-Otan. Há pouco, permitimos que alimentos fossem alocados em Boa Vista, capital de Roraima, por parte dos americanos para que a ajuda se fizesse presente na Venezuela. Agora, o que for possível fazermos juntos para solucionar o problema da ditadura venezuelana o Brasil está a postos”, disse o brasileiro.