por Diretoria de Comunicação CMFI

Câmara promove debate sobre a pesca do Tucunaré

A Câmara Municipal realizou, na manhã de hoje, 12, uma audiência pública para debater a pesca ao Tucunaré no limite do município de Foz do Iguaçu. Pescadores, adeptos da atividade esportiva e representantes de órgãos municipais e estaduais estiveram presentes. Durante o eventos os principais assuntos discutidos foram: fomento à pesca para o turismo, preservação da biodiversidade e incentivo aos pescadores que dependem da atividade econômica.

Durante o debate foi exibido um vídeo com depoimentos de pescadores esportivos, ressaltando o fomento à pesca, ao turismo. “Estamos trabalhando na secretaria de turismo para inserir Foz no calendário dos grandes eventos náuticos. Águas nós temos. Mas não podemos esquecer da nossa responsabilidade ambiental”, disse o secretário de turismo de Foz, Paulo Angeli, no vídeo.

A audiência foi conduzida pelo presidente da Casa, vereador Ney Patrício (PSD) e participaram também: Jairo Cardoso (União); Jan Albert Nieuwenhoff – diretor de agropecuária da secretaria municipal de desenvolvimento comercial, industrial e agropecuário, neste ato representando o chefe do poder executivo municipal; Sérgio Suzuki, chefe do setor regional do Ibama; Evandro Ferreira - Comodoro do Icli (Iate clube lago de Itaipu); Flávio Kabroski – presidente da colônia dos pescadores z-12 em Foz do Iguaçu; Eduardo Narimatsu - secretário do clube de pesca Maringá e diretor executivo da associação projeto multiplicação dos peixes.

Eduardo Narimatsu, secretário do clube de pesca Maringá e diretor executivo da associação falou sobre o projeto multiplicação dos peixes. “ Acreditamos que podemos fazer o repovoamento desses rios de maneira técnica e coordenada. Acredito que com parceria e diálogo com comunidade ribeirinha que vejam o potencial que mais vale um peixe vivo do que morto”.

Pesca esportiva

O engenheiro de pesca, Alexandre Klein, disse: “Temos representantes dos maiores torneios da região e sabemos o quanto isso gera de renda e desenvolvimento. Cada local em que se vai fazer uma lei de proteção é preciso ser analisado separadamente. A barragem da Itaipu resultou em uma perda de 70% ou 80% da biodiversidade. A preocupação que algumas pessoas possam ter de o Tucunaré se tornar uma praga na região, não é verdade, não tem como acontecer. Buscamos com essa lei o manejo sustentável”.

Evandro Ferreira, Comodoro da Icli, expôs: “ao contrário do que parece, não existem lado opostos sobre a preservação do meio ambiente e pesca esportiva. O Tucunaré é visto como vilão, mas ele não está no topo da cadeia alimentar. O projeto de lei tem caráter simbólico e educativo, diante das dificuldades para fiscalização. Quem pesca de maneira predatória não respeita nenhum peixe”.

Colônia de pescadores

Flávio Kobroski, pescador profissional e presidente da colônia dos pescadores z-12, marcou posicionamento contrário à regulamentação desse tipo de pesca. “Se a gente fosse brigar por um bem maior, de produzir o turismo na nossa região e deveríamos brigar por um canal de migração na usina da yacyretá, que traria muito mais benefício para o pescador amador”.

Tribuna livre

Domingo Rodriguez pontuou: “a pesca amadora de tucunaré tem sido monitorada pela Itaipu desde 2001. Não há motivo para se manter uma espécie exótica, carnívora. O Tucunaré tem ciclo de queda e subida ao longo de seis anos.

Toninho Fernandes, grupo de pescadores esportivos de Santa Terezinha de Itaipu, destacou: “nosso grupo foi criado em 2013, eu sou da pesca esportiva desde 1990, os torneios e eventos crescem cada vez mais e desenvolvem turismo grande na região. Nosso grupo hoje serve de exemplo para outras cidades lindeiras”.

Ibama

Sérgio Suzuki, chefe do setor regional do Ibama, ponderou sobre a reprodução da espécie na região e o impacto na biodiversidade.