Ato foi celebrado no Poder Executivo formalizando emprego numa prestadora de serviços ao Poder Público
Mulher trans é a primeira contratada por Lei da vereadora Yasmin

Foto: Christian Rizzi - Câmara Foz

Nesta sexta-feira, 30 de junho, foi celebrada a primeira contratação de mulher trans no âmbito do município de Foz do Iguaçu por direito assegurado em lei da vereadora Yasmin Hachem (MDB). Em ato no Poder Executivo, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) homologou a formalização do emprego por empresa que presta serviços na prefeitura. A lei nº 5.065 de 17 de janeiro de 2022, garante reserva de 10% das vagas de empregos para egressos do sistema penal, mulheres vítimas de violência doméstica e pessoas transgêneras.

O evento contou com a presença do diretor da Secretaria Municipal de Direitos Humanos Ian Martin Vargas; Diretor da secretaria Municipal de Assistência Social, André Santos; Diretor da Secretaria Municipal de Compras, Raphael Camargo; Presidente da ONG Casa de Malhú, Bruna Ravena; e os membros do Comitê Municipal de LGBTQIAPN+ Marcos Antônio e Diego Carvalho.

Para a vereadora proponente da lei, Yasmin Hachem, o momento é de grande alegria, resultado de lutas, um avanço no reconhecimento de direitos à existência das pessoas trans. “Poder contar com essa soma de forças do Legislativo e do Executivo para executar os nossos planos, para elaborar essas políticas sociais é de extrema importância”, disse Yasmin. 

A primeira contratada, Giselle Mariane Oliveira de 21 anos, vai atuar em uma das unidades do CRAS como entrevistadora social. Ela comemorou o momento da quebra de preconceitos e a oportunidade profissional. “Eu me sinto muito privilegiada, muito feliz mesmo e eu agradeço a todos os envolvidos nesta luta”, revelou.

O Prefeito Chico Brasileiro enfatizou que não é simplesmente um emprego, é um marco. “A humanidade precisa ter essa civilidade de inclusão. É respeitar, fazer com que essas pessoas tenham acesso às políticas públicas, o que é, realmente, um compromisso de toda a sociedade. A prefeitura está muito feliz por esse dia”, comentou.

Para a presidente da Casa de Malhú, Bruna Ravena, é um marco na mudança desse cenário para romper um ciclo de violência, discriminação e exclusão social. “Nós, da população LGBT, temos muitos a oferecer, tanto para um ambiente privado como ambiente público de trabalho. Somos pessoas engajadas, pessoas diversas, pessoas que estão dispostas a construir   e a gente só quer ocupar nosso espaço de fato”, concluiu.

 

CMFI