Remanescentes arqueológicos da Cidade Real do Guairá ficam no município de Terra Roxa. Novas normativas de proteção foram pauta da 1ª reunião extraordinária de 2024 do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (CEPHA), assessorado pela Coordenação do Patrimônio Cultural.

A Secretaria de Estado da Cultura sediou nesta quarta-feira (10) a 1ª reunião extraordinária de 2024 do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (CEPHA), assessorado pela Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC). O encontro teve como pauta principal a aprovação de normativas voltadas à preservação dos remanescentes arqueológicos da Cidade Real do Guairá, localizada no município de Terra Roxa, no Oeste do Estado.

As diretrizes aprovadas estabelecem critérios para o tombamento, proteção e conservação desse sítio arqueológico, garantindo responsabilidades definidas em casos de danos ao ambiente. Além de proteger fisicamente, a medida promove a conscientização pública sobre o patrimônio e estimula práticas sustentáveis, reforçando o potencial cultural, histórico, educativo e recreativo da região, bem como a responsabilização por danos eventualmente causados à área.

O Conselho, composto por 10 membros efetivos e 10 consultores, cada um especializado em uma área específica de conhecimento, é responsável por analisar e emitir pareceres em conjunto sobre processos de tombamento pela CPC. Integrando a Comissão Especial designada para elaborar as normativas do “Sítio Arqueológico de Cidade Real do Guairá”, tem destaque o arqueólogo e professor Igor Chmyz, pesquisador associado do Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná, atuante nos estudos da região desde 1963.

“Um grande passo foi dado hoje”, afirmou o professor Chmyz, cujas seis décadas de trabalho e estudo sobre o zoneamento da zona histórica e cultural da região embasaram as decisões tomadas na reunião. As normativas discutidas buscam estabelecer diretrizes para o tombamento, proteção e conservação dos vestígios histórico-culturais, marcando um avanço significativo na preservação dos remanescentes arqueológicos de Guairá.

“Eu gostaria de enaltecer a dedicação dos nossos conselheiros e conselheiras. São representantes da sociedade civil, com notório saber, que dedicam tempo e conhecimento a essa nobre e importantíssima causa: a preservação do nosso patrimônio”, afirmou Luciana Casagrande Pereira Ferreira, scretária de Estado da Cultura e também Presidente do CEPHA. “Faço uma menção especial ao professor Chmyz, que nos proporciona a cada reunião uma verdadeira aula sobre a preservação do patrimônio histórico do nosso Paraná”.

SOBRE O CONSELHO – Além de discutir e deliberar sobre tombamentos, o CEPHA também assessora propostas de uso e ocupação de espaços protegidos, assegurando a integridade dos bens tombados e áreas de interesse histórico e artístico paranaenses.

Essas medidas refletem o compromisso do Estado em preservar e promover a diversidade cultural e histórica que caracteriza o Paraná, garantindo que as gerações futuras tenham acesso a um patrimônio cultural material e imaterial em boas condições de conservação.