Na disputa com Aécio e Campos, presidente teria 47,2% das intenções de voto. Além de Marina e Serra, outro nome com destaque é o de Joaquim Barbosa

 Sem a presença da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), de José Serra (PSDB) ou mesmo do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, Dilma Rousseff seria facilmente reeleita à Presidência no primeiro turno, caso a eleição ocorresse hoje. É o que mostra um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas realizado neste mês em 158 municípios brasileiros. 

De acordo com a Paraná Pesquisa, no cenário mais provável para 2014, com Dilma concorrendo com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a presidente teria 47,2% das intenções de voto. Somados, Aécio e Campos, teriam 31,8% (veja quadro nesta página). A presidente também teria uma vantagem de 10 pontos, caso o candidato tucano fosse o ex-governador de São Paulo, José Serra.
A disputa fica mais equilibrada com a presença de Marina no lugar de Campos. Nesse caso, a ex-senadora tem 24,5% das intenções de voto, ante 42,5% de Dilma e 17,9% de Aécio, o que representa uma diferença de ínfimos 0,1% entre a intenção de voto na petista e a soma dos outros dois. Com Marina e Serra como candidato tucano, a disputa iria para o segundo turno com a dupla somando 44,3% ante 41,08% de Dilma.
“A Marina continua sendo um diferencial. Ela é a candidata que mais tem poder de complicar as coisas para a Dilma”, analisa Murilo Hidalgo, diretor da Paraná Pesquisas. A ex-senadora já declarou que será candidata a vice na chapa encabeçada por Campos. Nos bastidores, porém, especula-se que ela poderia trocar de lugar com Campos, caso o governador de Pernambuco não suba nas pesquisas eleitorais.
Em destaque
Quem também aparece bem avaliado na pesquisa é Joaquim Barbosa. Com o destaque ganho durante o julgamento do mensalão, o presidente do STF aparece em terceiro lugar em um cenário com Dilma, Aécio e Campos. Ele teria 15,6% e estaria a apenas dois pontos de Aécio na disputa para ir ao segundo turno. “O número dele também impressiona. É um índice alto, mesmo com ele declarando que não será candidato”, diz Hidalgo.
Segundo o diretor da Paraná Pesquisas, apesar dos bons números obtidos por Marina e Barbosa, não há, entre os candidatos postos, alguém capaz de fazer frente à presidente. “A Dilma continua subindo e recuperando parte da popularidade que perdeu com os protestos do mês de junho.”
Aprovação
Entre junho e dezembro, a aprovação do governo de Dilma subiu de 50% para 56%. A desaprovação passou de 44% para 39%. “Apesar dessa melhora, temos um índice alto de desaprovação. Não é um número que traga tranquilidade”, diz Hidalgo.
Dilma também tem a rejeição mais alta entre todos os candidatos, 27,6%. Os nomes com os menores índices de rejeição são justamente os de Marina (6,9%) e Barbosa (5,0%). A margem de erro da pesquisa é de 2%.