Brasileiros na mira do terror no Paraguai



Uma guerrilha de esquerda inspirada nas Farc aterroriza o norte do Paraguai e mantém sequestrado há sete meses o filho de um casal de brasileiros
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No dia 2 de abril, o Exército do Povo Paraguaio (EPP) sequestrou Arlan Fick, filho de brasileiros radicados no Paraguai no início da década de 1980, na fazenda onde moram, em Paso Tuya, no norte do país. ÉPOCA teve acesso exclusivo à fazenda dos Fick no fim de outubro, em duas oportunidades. Foram longas conversas, em que a família contou como foram surpreendidos com o sequestro, como viviam quando Arlan estava entre eles e o que mudou depois de 2 de abril. A reportagem completa está na edição de ÉPOCA que chega às bancas neste sábado (8). No vídeo desta matéria, ÉPOCA mostra depoimentos emocionantes dos Fick. Também relata como o terror promovido pelo EPP se espalha pelo norte do Paraguai e como o governo do país busca combater a guerrilha.
O EPP é uma guerrilha que se diz marxista-leninista. Promove sequestros e ataques a fazendeiros, à população e à polícia sob o discurso da reforma agrária, da defesa dos pobres e do ataque contra a democracia, classificada pelo EPP como “burguesa-imperial”. O EPP é uma versão paraguaia das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Sendero Luminoso, do Peru. Atua sob a sigla EPP desde 2008, mas suas ações violentas remontam à década de 1990. As exportações de soja e carne bovina impulsionaram o crescimento da economia do Paraguai a um ritmo de 14% no ano passado – mas trata-se de uma pujança recente num país com uma desigualdade social antiga e crônica. O Paraguai é o terceiro país mais desigual da América do Sul. Em meio à desigualdade, é notável que o discurso do EPP encontre mais eco no distrito de Concepción (mais detalhes no mapa abaixo), uma área majoritariamente rural, onde a pobreza é grande. 

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