piscinadentro

de Luiz Henrique de Oliveira e Antonio Nascimento, Banda B:
A rua Adelino Leal Nunes, no bairro Novo Mundo, em Curitiba, tem a sua própria piscina artificial. A novidade não foi anunciada em nenhum lugar ainda, porque não merece tal publicidade. A criatividade da criançada e o descaso da prefeitura são os responsáveis pela ‘inovação’, denunciam os moradores. A Banda B foi até o local, quase na Rua João Cubas, e comprovou que a ‘opção de lazer’ de fato existe.
O buraco está menor nesta terça-feira (24) para evitar que a piscina volte a ativa. Engana-se quem pensa que foi a Prefeitura de Curitiba que solucionou problema. “Fomos nós moradores que colocamos umas pedras para tentar arrumar o buraco”, disse à Banda B uma moradora da região, que não quis se identificar.
“Essa foto que eu tirei da criançada foi na semana passada. Eles colocaram os tijolos e se divertiram no buraco”, completou a moradora.
Já para outro morador, que se identificou apenas como Junior, pedir para a prefeitura é a mesma coisa que nada. “Já foram DOIS MESES e ninguém faz nada. Dizem que não tem equipe, entre outras coisas, cada hora é uma desculpa”, protestou, pedindo que o ‘dois meses’ fosse colocado em caixa alta na matéria.
A rua está localizada próxima à Escola Municipal Arapongas. Ainda, segundo os moradores, muita gente já perdeu pneus de carros ao não perceber o buraco/piscina.
Por meio de nota, a Prefeitura de Curitiba comprometeu-se a sanar o problema nesta semana:
“A administração da Regional Portão informa que nesta semana uma equipe da Prefeitura de Curitiba irá ao local para efetuar o reparo no asfalto da Rua Adelino Leal Nunes, no Novo Mundo”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa.
Riscos
Esta prática de se banhar em água parada, como mostra a foto, é condenada pelos médicos. O menor contato com água infectada, como a de enchentes e chuva, por exemplo, já oferece risco de contaminação por leptospirose e outras doenças.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria leptospira, encontrada principalmente na urina de ratos.
A principal forma de contaminação é o contato com essa urina, presente em esgotos e bueiros, que se mistura às águas das chuvas, enxurradas e lamas de enchentes. A doença não é transmitida entre seres humanos.
Qualquer pessoa que tiver o mínimo contato com a água infectada, pode ser contaminada pela bactéria.
Os sintomas são parecidos com o de uma gripe comum: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo – principalmente nas panturrilhas, podendo também dar uma aparência amarelada à pele do doente.
Os primeiros sintomas, normalmente, levam de uma a duas semanas depois do contato com a enchente para aparecer. Mas podem levar até 30 dias para dar um sinal.
O diagnóstico é clínico – ou seja, o médico deve acompanhar os sintomas e conhecer o histórico do paciente – mas muitas vezes são utilizados exames laboratoriais para diagnosticar a presença de anticorpos contra a leptospira no organismo.