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da Banda B:
Apesar de ainda insistirem no reajuste de 8,17% ainda em 2015, professores e funcionários de escolas estaduais se reúnem na próxima terça-feira (9) na Vila Capanema, em Curitiba, e a expectativa é de encerramento da paralisação que já passa dos 40 dias. O sinal de que a paralisação pode chegar ao fim foi dado na última semana, quando deputados da base aliada de Beto Richa (PSDB) receberam sugestões para a nova proposta, um plano de reajuste válido por três anos.

A proposta, elaborada por deputados estaduais e acatada por Richa, estabelece para o ano de 2015 a aplicação de um reajuste de 3,45% no mês de outubro e institui o dia 1º de janeiro de 2016 como data para a antecipação da revisão geral anual da categoria. Para o reajuste de 1º de janeiro de 2017, seria aplicado o IPCA acumulado entre os meses de janeiro de 2016 e dezembro de 2016, ficando ainda estipulado o percentual de 1% de adicional de data base relativo à compensação dos meses não pagos do ano de 2015.
De acordo com a secretária de Finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, a greve continua por tempo indeterminado e todos os núcleos regionais estão discutindo a proposta nestes dias que antecedem a assembleia. “A greve não termina enquanto não haja uma decisão coletiva da categoria. Vamos avaliar tudo com a condição de que nenhum servidor será punido. O que será discutido na terça é o conjunto de proposições e discutiremos a continuidade ou não da greve”, disse.
Para eventual encerramento, a APP já coloca como condição a não punição dos professores grevistas. Em nota, a Secretaria da Educação já afirmou que não serão abertos Processos Administrativos contra diretores de escolas desde que eles entreguem os RMFs (relatórios de faltas dos professores) dos meses de abril, maio e junho, não serão feitas rescisões para contratos de professores temporários, as faltas de maio e junho serão negociadas mediante reposição das aulas (pela LDB precisam ser cumpridos 200 dias letivos e 800 horas) e que as faltas de abril (4 dias) já foram lançadas no sistema.
Calendário
Com o calendário comprometido, independentemente da continuidade ou encerramento da greve, a secretária de Educação do Paraná, Ana Seres Trento Comin, já trabalha com aulas até fevereiro do ano que vem.“A nossa maior dificuldade é com o transporte escolar. Alguns municípios não possuem condições de utilizar os sábados para reposições, então o calendário nessas localidades pode avançar até o mês de fevereiro”, disse a secretária.
Cada regional apresenta uma realidade diferente, pois alguns sábados já estão comprometidos com formação continuada de professores ou outras atividades pedagógicas. A intenção é utilizar a semana que havia restado como recesso de julho após a primeira paralisação (de 29 dias), e os sábados disponíveis. A APP-Sindicato também deve participara da reorganização do calendário