O Globo
Uma dupla explosão deixou pelo menos dez mortos e 50 feridos no metrô de São Petersburgo, na Rússia, nesta segunda-feira. Os relatos são de que o incidente provocou graves danos à estação de Sennaya Ploshchad. Todas as estações foram fechadas, de acordo com autoridades do metrô, e 17 ambulâncias foram encaminhadas para socorrer as vítimas. O presidente russo, Vladimir Putin, está hoje na cidade para um encontro com o presidente da Bielorrúsia, Aleksandr Lukashenko. Ele já se pronunciou, dizendo que investigadores consideram terrorismo como possibilidade e expressando condolências às famílias das vítimas.

Enquanto as informações ainda estão desencontradas, há relatos na imprensa de que apenas uma explosão teria acontecido entre duas estações. Além disso, uma outra bomba teria sido encontrada antes de explodir. Estas informações não foram confirmadas por autoridades.
— Eu já falei com o chefe dos nossos serviços especiais, eles estão trabalhando para apurar a causa (das explosões — disse Putin. — As causas ainda não estão claras, é muito cedo. Nós vamos investigar todas as possíveis causas, incluindo terrorismo e crime doméstico.
Já o “Telegraph” diz que houve duas explosões provocadas por um dispositivo com estilhaços. O “Daily Mail”, por sua vez, cita uma bomba de pregos. A mesma informação vem da agência russa RIA, que diz que aparentemente se registraram explosões em duas estações diferentes. A rede CNN diz que há crianças entre os feridos.
No Twitter, imagens foram publicadas mostrando a porta de um vagão totalmente destruída, num ambiente de muita confusão, e várias pessoas feridas com manchas de sangue. É possível ver que uma estação de metrô está repleta de fumaça, enquanto usuários correm agitadamente, algumas pedindo por socorro, e outras pessoas saem pelas janelas de um vagão destruído.
Testemunhas temem que a explosão tenha sido causada por uma bomba, e a unidade de combate ao terrorismo da Rússia está participando das investigações. Autoridades dizem que já tomam medidas para evitar mais explosões, enquanto as estações de metrô já foram completamente esvaziadas.
— As pessoas estavam sangrando, os seus cabelos queimaram. Nós recebemos ordens para nos dirigirmos à saída, porque o movimento parou. As pessoas simplesmente fugiram. Minha namorada estava no próximo carro que explodiu. Quando ela saiu, viu que pessoas haviam sido mutiladas — relatou uma testemunha à TV “Life News”.
Autoridades não emitiram comentários oficiais sobre a história. Além de ser a segunda cidade mais importante do país, São Petersburgo é a cidade natal do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo o Kremlin, o chefe do governo já foi informado sobre o caso.