Secretaria Estadual de Saúde do Paraná registrou 195 casos da doença até abril de 2018

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No inverno, a tendência a locais mais fechados e aglomerados favorecem a transmissão de doenças como a meningite, uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até abril de 2018, o Paraná registrou 195 casos de meningite e 24 pessoas morreram após contraírem a doença.

Segundo o médico pediatra da Unimed Curitiba, Tony Tannous Tahan, a meningite pode ser causada por vírus ou por bactérias.  Os vírus e as bactérias que causam esse tipo da doença podem ser transmitidos por gotículas geradas pela tosse, contaminando ambientes, alimentos e objetos. “Os primeiros sinais da doença são típicos das infecções respiratórias, como tosse e dor no corpo, mas que evoluem para dor de cabeça, febre e vômito. Vale lembrar que eles podem aparecer após algumas horas do contato ou até cinco dias depois”, explica.

Crianças, especialmente as menores de um ano, estão mais suscetíveis em virtude do sistema imunológico ser mais frágil. Pessoas com alguma imunodeficiência também têm o risco aumentado.

Sintomas
Entre os principais sintomas da meningite estão a febre alta repentina, forte dor de cabeça, rigidez no pescoço, vômitos, náusea, confusão mental e dificuldade de concentração, convulsões, sonolência, fotossensibilidade, falta de apetite e rachaduras e presença de manchas vermelhas na pele. Bebês recém-nascidos que contraem a doença podem ter quadros acrescidos de moleira tensa ou elevada e inquietação.

“Uma vez que o paciente foi diagnosticado com a doença, o primeiro passo é o internamento, que pode variar de sete a 21 dias, dependendo do caso e do agente transmissor. Durante o período, é realizado o tratamento com antibióticos potentes, além do controle dos sintomas de febre e dor”, conta Tahan.

A meningite meningocócica, provocada por bactéria, pode causar sérios danos e levar à morte se não diagnosticada e tratada. Por isso, é considerada como urgência médica, de acordo com o protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS), para receber atendimento prioritário.

Prevenção
Para a prevenção, o médico destaca a necessidade de lavagem das mãos e atenção especial ao tossir ou espirrar, fazendo uso de máscaras ou lenço descartável. Ele também alerta para o cuidado ao compartilhar talheres e alimentos, além de manter os espaços limpos e os brinquedos higienizados e, sempre que possível, evitar lugares lotados. “Existe, também, uma série de vacinas contra as principais baterias que causam meningite, como meningoco, pneumococo e hemófilo, todas disponíveis tanto no calendário público quanto no privado”, destaca.