Dos 22 ministros de Bolsonaro, nove são das Forças Armadas.
O número é maior do que os indicados pelos cinco principais presidentes do período militar, na década de 1960: Humberto Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo.
“É preciso somar ainda o presidente Bolsonaro (capitão) e o vice Hamilton Mourão (general)”, diz o escritor Luiz Cláudio Cunha, que abriu a audiência pública no Senado em homenagem aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 1948. Durante o evento, o número de militares no poder foi visto como um risco para o regime democrático por palestrantes.
Nos governos da ditadura, havia três ministérios, um para cada Força, eles foram extintos em 1999 por FHC, que criou a pasta Defesa.