A vacina é o principal método para evitar a doença. Só no primeiro semestre do ano, 426 casos foram diagnosticados no Brasil.
 Há 21 anos não há um registro de caso de sarampo em Curitiba. Essa conquista, porém, está ameaçada. Desde 1º de janeiro deste ano foram confirmados 426 casos de sarampo no Brasil, com números expressivos nos estados de São Paulo (350), Pará (53), Rio de Janeiro (11), Minas Gerais (4), Amazonas (4), Santa Catarina (3) e Roraima (1). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde neste mês e motivaram a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba a emitir um alerta sobre o iminente surto de sarampo na cidade.
O documento esclarece que o surgimento dessa epidemia se deve há um acúmulo de indivíduos suscetíveis – pessoas que nunca tiveram sarampo ou que nunca se vacinaram adequadamente –, quantidade suficiente para sustentar a transmissão do vírus. Nessas situações, todas as faixas etárias são afetadas, com maior incidência em crianças menores de um ano de idade.
Altamente contagioso, o sarampo é uma infecção viral aguda geralmente transmitida pela tosse, espirros ou fala, que pode provocar doença grave, principalmente em não vacinados.  Entre as principais complicações, estão a otite média aguda, pneumonia bacteriana, laringite e laringotraqueite. Em casos mais raros, há manifestações neurológicas, doenças cardíacas, miocardite, pericardite e panencefalite esclerosante subaguda (complicação rara que acomete o sistema nervoso central após sete anos da doença).  Ainda segundo o Ministério da Saúde, as complicações do sarampo podem deixar sequelas, especialmente se contraído na infância, incluindo a cegueira, surdez, diminuição da capacidade mental e retardo do crescimento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2000 e 2017 houve uma queda de 80% no número de mortes no mundo todo, graças à vacina, extremamente eficaz, segura e acessível, muitas vezes incorporada às vacinas contra a rubéola e/ou caxumba.
A Unimed Laboratório, referência em Curitiba e região metropolitana,  registrou um aumento de 45% no número de doses aplicadas das vacinas tríplice e tetra viral, entre janeiro e junho de 2019, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Conforme explica Jaime Rocha, médico infectologista e diretor de Prevenção e Promoção à Saúde da Unimed Curitiba, muitos serviços públicos de saúde oferecem a tríplice viral (MMR, VTV ou SCR), que protege contra três doenças (sarampo, caxumba e rubéola), mas é importante lembrar de tomar as duas doses. “A 1ª dose da vacina, a tríplice viral, deve ser tomada aos 12 meses de idade. A 2ª, a tetra viral, aos 15 meses (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)”, recomenda o médico, também responsável pela Unimed Laboratório.
Ele lembra, ainda, que o calendário nacional de vacinação prevê duas doses também para adolescentes e adultos até 29 anos. Já para os quem têm entre 30 e 49 anos, uma dose é suficiente. “A vacinação é o principal recurso para evitar que o surto atinja o Paraná. A recomendação é que, quem ainda não se protegeu, procure o mais breve possível pela VTV”, alerta o médico infectologista.
Onde tomar a vacina contra o sarampo em CuritibaUnimed Laboratório | Megaunidade
Avenida Iguaçu, 1815 - Água Verde - Curitiba.