O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), afirmou nesta segunda-feira, 26, que o agravamento da pandemia causa medo às famílias e reduz as expectativas de consumo e de renda. “O quadro de pessimismo, tanto no aspecto de saúde quanto da economia, se agrava e atinge principalmente pessoas de renda mais baixa”, alerta.
Segundo Romanelli, a falta de vacinas e de uma política eficaz de proteção dos brasileiros está causando enormes prejuízos sociais e econômicos. Ele tem acompanhado as pesquisas de mercado e cita o recente levantamento do índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que caiu 5,5% em abril. O dado foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-Pr).
De acordo com a pesquisa, as famílias de menor renda são as mais afetadas em relação ao consumo. Na faixa de até dez salários mínimos, o ICF caiu 5,9% de março para abril, e está em 93,2 pontos. Entre as famílias de maior renda, o indicador ainda é considerado favorável, ao marcar 102,0 pontos, apesar da redução de 3,6% em relação a março. Na média, o indicador está em 94,8 pontos, abaixo da linha de 100, considerada favorável.
TRABALHO E RENDA – A pesquisa da Fecomércio também avalia que a Covid-19 afeta as expectativas de trabalho e renda das famílias. O levantamento mostra que a Perspectiva Profissional teve a maior queda, com baixa de 11%, e é mais evidente nas classes C, D e E. Nesta faixa as possibilidades de melhora profissional caíram 11,5%, ante redução de 8,5% nas classes A e B.
“Há evidente reflexo no mercado de trabalho e o resultado é a contenção de gastos. Mesmo vencida a pandemia, ainda teremos um longo caminho para vencer o desastre econômico”, avalia Romanelli. Segundo a Fecomércio, mesmo na classe mais alta há cautela nas compras. O aspecto Momento para Compra de Bens Duráveis, por exemplo, encolheu 9,2% na comparação com março.
Todos os demais fatores que compõem o ICF também caíram na variação mensal: Emprego Atual (-0,7%), Renda Atual (-2,5%), Acesso a Crédito (-3,9%), Nível de Consumo Atual (-7,1%) e Perspectiva do Consumo (-7,6%).
Na segmentação por renda, dois aspectos tiveram crescimento na comparação com março, mas somente entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos: Emprego Atual, com aumento de 1,9%, e Perspectiva de Consumo, com elevação de 3,1%.
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