A Polícia Civil do Rio afirma não ter mais dúvidas de que o vereador do Rio Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a professora Monique Medeiros da Costa e Silva são responsáveis pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, filho de Monique. Os dois suspeitos foram presos na manhã desta quinta-feira e serão indiciados por tortura e homicídio duplamente qualificado.

Mentira em depoimento e, sobretudo, mensagens trocadas entre Monique e a babá do menino, Thayná de Oliveira Ferreira, revelaram, segundo o delegado Henrique Damasceno, “uma rotina de violência que Henry sofria” . No dia 12 de fevereiro, Thayná disse a Monique que Henry estava “mancando” e havia levado “banda” e chute após ter ficado no quarto com Dr. Jairinho ( leia as mensagens). Para os investigadores, os diálogos indicam que a mãe sabia das agressões contra o filho. Em depoimento, a babá negou ter conhecimento dos maus tratos.

Na decisão que determinou a prisão de Jairinho e Monique, a juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri, apontou contradições entre depoimentos e provas colhidas pela polícia. A magistrada afirmou que testemunhas, antes de prestarem declarações aos investigadores, passavam no escritório da defesa do casal. De acordo com decisão judicial, o vereador se trancava no quarto com o menino e praticava abusos físicos.

Aconteceu hoje: depois de presos, Jairinho e Monique prestaram novo depoimento. Ao deixarem a delegacia, ouviram gritos de “assassinos”. O vereador chegou a levar um tapa nas costas por um homem que furou o bloqueio da polícia. Veja o momento em vídeo.

Reação do pai: Leniel Borel, o pai de Henry, disse estar perplexo com o caso e a atitude da ex-mulher: “Como pode uma mãe apoiar um negócio desses?”.

Repercussão política: o partido Solidariedade anunciou a expulsão sumária de Jairinho, e o Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores se reuniu para discutir o afastamento do parlamentar do mandato.