Leonardo Gomes - BandNews FM Curitiba
O júri popular do acusado de matar Rachel Genofre, em 2008, está marcado para amanhã (quarta-feira, 12) às 13h30 em Curitiba. O réu, Carlos Eduardo dos Santos, está preso e será julgado por homicídio triplamente qualificado mediante meio cruel e ocultação de cadáver, com possibilidade de aumento da pena em um terço em caso de condenação.
No julgamento, serão ouvidas sete testemunhas definidas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e outras três pela defesa do réu. A mãe de Rachel, Maria Cristina Lobo, espera a pena máxima para Carlos Eduardo.
Rachel Genofre tinha 9 anos quando o crime aconteceu. A menina estudava no Centro de Curitiba e teve corpo encontra dias após o desaparecimento dentro de uma mala na Rodoviária de Curitiba com sinais de violência sexual e estrangulamento. Onze anos após a morte, exames de DNA ajudaram a polícia a identificar o criminoso. Ele cumpre pena de 25 anos por outros crimes e, após a identificação como suspeito pela morte da menina, confessou à polícia ser o responsável pelo crime.
O acusado está preso em um presídio de Sorocaba, no estado de São Paulo. Ele chegou a entrar com pedido de liberdade, que foi negado pela Justiça. Segundo o assistente de acusação, Daniel da Costa Gaspar, o júri permitirá que a autoria do crime, já comprovada por provas materiais, seja reconhecida em pleno tribunal.
De acordo com as investigações, na época do crime, Carlos Eduardo morava a menos de um quilômetro da escola onde Rachel estudava, e a menina passava com frequência pela rua de Carlos. O réu contou à polícia que atraiu a menina para a casa onde estava morando dizendo que era produtor de um programa infantil de televisão e que a menina aceitou ir até o local com a intenção de assinar um contrato para participar do programa. Carlos relatou ainda que violentou sexualmente a menina e que, como ela gritou, decidiu matá-la. Depois, o acusado colocou o corpo na mala e deixou na rodoviária.
Segundo o advogado de Carlos, Roberto Neves, apesar da confissão, o júri deve inocentar o acusado diante das provas que serão apresentadas. Ele questiona os exames de DNA que incriminam o réu.
Para chegar a Carlos Eduardo, a Polícia Civil coletou o DNA de diversos suspeitos ao longo de mais de 10 anos para a comparação do material genético encontrado nos lençóis e na mala onde o corpo da menina foi encontrado. Segundo o Tribunal de Justiça, o processo tramita em sigilo e por isso não haverá transmissão do julgamento pela internet e nem será permitido o acesso da imprensa e de público ao Plenário. Apenas as pessoas expressamente autorizadas pelo Juiz terão acesso ao Tribunal.
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