Resultado de uma parceria entre a Itaipu Binacional, Instituto LIFE e Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o Padrão Internacional de Gestão Territorial Sustentável entrará na fase final de seu desenvolvimento no mês de outubro, com o início dos testes do projeto piloto em 47 municípios do Brasil e do Paraguai. Ao todo, 108 representantes de instituições – incluindo prefeituras, cooperativas e outras organizações – participarão desta fase, que inclui a aplicação do Padrão em situações reais.
Região do reservatório da Itaipu. Foto: Daniel de Granville.
Para isso, os participantes receberão capacitação para trabalhar com o software desenvolvido pelo PTI especificamente para a aplicação do Padrão. O software é alimentado com indicadores ambientais, sociais, econômicos e culturais e gera um diagnóstico da situação de cada município, o que permite aferir o resultado dos investimentos, políticas e projetos em curso, assim como detectar a necessidade de novas intervenções.
Conforme explica Regiane Borsato, gerente técnica do Instituto LIFE, o início desta fase de testes só foi possível graças ao trabalho desenvolvido ao longo dos três últimos anos e que contou, inclusive, com consultas públicas internacionais para o desenvolvimento e validação dos indicadores que compõem o Padrão.
“Com essa capacitação e o teste do projeto piloto, começa também o trabalho de engajamento dos futuros usuários desse sistema”, afirmou. “O objetivo é concluir o desenvolvimento do Padrão, com sua implantação operacional nos municípios da área de influência da Itaipu dentro dos próximos 12 meses”, acrescentou.
O Padrão Internacional de Gestão Territorial Sustentável conta com a experiência do Instituto no desenvolvimento da Metodologia e Certificação LIFE de Negócios e Biodiversidade, que atesta o grau de comprometimento das organizações com a conservação dos recursos naturais, os quais são essenciais para a manutenção das operações em longo prazo.
Só que, desta vez, com o Padrão de Gestão Territorial Sustentável, o espectro é mais amplo, pois vai além das questões ambientais para analisar o grau de sustentabilidade de um território – no caso específico do projeto neste momento, a área de influência da Itaipu Binacional no Brasil e no Paraguai – incluindo também os aspectos sociais, econômicos e culturais.
Segundo o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer da Silva, a empresa apoiou o desenvolvimento dessa ferramenta como forma de criar indicadores e aferir resultados de suas iniciativas e investimentos voltados ao desenvolvimento sustentável.
“Como esses indicadores são universais, a expectativa é poder compartilhar essa metodologia com outras regiões do mundo interessadas em estabelecer diagnósticos sobre o grau de sustentabilidade de um determinado território. Dessa forma, essa é mais uma contribuição da Itaipu na difusão de boas práticas de gestão territorial sustentável”, disse.
Como será o teste
O projeto piloto será realizado em 47 municípios da área de abrangência da Itaipu, divididos em sete territórios. Esses territórios foram agrupados em quatro turmas para fim de capacitação para o uso do software e aplicação do Padrão.
Está prevista a capacitação de 108 pessoas, incluindo representantes de comunidades indígenas, cooperativas, empresas, indústrias, terceiro setor, prefeituras, produtores rurais e universidades, entre outros.
O piloto será uma oportunidade para que cada um desses atores do território (potenciais usuários do Padrão) aplique a metodologia, inserindo dentro do software os dados referentes a suas esferas de atuação.
Com os feedbacks recebidos a partir deste piloto, o Padrão será aperfeiçoado e o software finalizado, para que possa ser implementado em qualquer território.
Com a Itaipu
0 Comentários