Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, foi a área mais atingida pelos alagamentos e deslizamentos

Moradores do Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, área mais atingida pela chuva que causou estragos em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, usam enxadas, baldes e outros objetos pessoais, na manhã desta quarta-feira (16), para buscar parentes e amigos que ficaram soterrados após os deslizamentos de terra.


Uma delas é Gisele, mãe que busca pela filha Maria Eduarda, conhecida como Duda, de 17 anos, nos escombros.

 


“Minha filha está soterrada. A filhinha dele de 1 aninho está soterrada. A mãe da minha afilhada também. Cadê os bombeiros? Eles iam esperar o dia clarear [para retomar o trabalho]. Estou toda machucada, fui lá em cima. Só os moradores estão aqui. Sumiu tudo! É revoltante, é nossa família que está aí”,

lamentou, em entrevista ao Bora Brasil, da TV Band.


O número de mortos na cidade já passa dos 35. Foram contabilizadas 207 ocorrências, das quais 171 foram por deslizamentos. Ao longo da madrugada, os agentes da Defesa Civil atuaram em chamados e realizaram rondas pela cidade. Vários pontos do Centro ficaram com vias obstruídas.

Em um período de seis horas, o volume de chuva chegou a 259 milímetros. O índice está acima da média esperada para o mês, que seria de 238 mm.