População é convocada a juntar pinhões para preservar as araucárias. Foto: Pedro Ribas/SMCS
População é convocada a juntar pinhões para preservar as araucárias. Foto: Pedro Ribas/SMCS


Que tal ajudar o Horto Municipal da Barreirinha na preservação das araucárias? Esse é o objetivo do projeto Pinhão Curitibano, que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente lança nesta Semana do Meio Ambiente, também em comemoração ao Dia Nacional da Araucária (24 de junho).

E como funciona? A partir desta sexta-feira (3/6), basta juntar sementes de araucária (os pinhões, do chão mesmo, em casa, no condomínio, no trabalho ou em algum bosque nativo) e levar até a administração da regional mais próxima de casa ou do trabalho. O objetivo é arrecadar 50 quilos de pinhão até o dia 1º de julho. 

“Esses pinhões serão recolhidos pela equipe do Horto e semeados para a produção das mudas”, explica o diretor de Produção Vegetal, José Roberto Roloff.

A ideia de convocar a população, explica Roloff, é coletar pinhões de muitas árvores e de várias regiões da cidade, contribuindo para preservar as características das araucárias de Curitiba e aumentar a resiliência da espécie. 

“Para maior diversidade genética das mudas, o ideal é ter um número alto de matrizes”, diz.

As mudas produzidas serão entregues à população em junho de 2023 pelo projeto 100 Mil Árvores, uma das ações de sustentabilidade da cidade, assim como a Família Folhas, protagonista da campanha que convida a população a mudar os hábitos para preservar o meio ambiente.

 

Ação necessária

Apaixonado pelas árvores-símbolo do Estado e cujas sementes dão nome para a capital (Curitiba, em tupi-guarani significa muito pinhão), o arquiteto Giovanni Ferrari Bertoldi se diz bastante entusiasmado com a possibilidade de contribuir para o projeto. “A preservação da araucária precisa, mais do que nunca, estar em evidência”, destaca.

Morador do Butiatuvinha, ele tem em casa três araucárias plantadas há 12 anos e que acabaram de começar a dar as primeiras sementes. As mudas vieram do cemitério do Campo Comprido, na Rua Eduardo Sprada. Em casa, ele e o pai, Osni Domingos Bertoldi, cultivam mais de 100 novas mudas, que vieram do Bosque São Cristóvão e que serão doadas aos amigos que têm onde plantar. 

“Coletamos as mudas que encontramos nos bosques e as desenvolvemos em casa, se conseguirmos salvar 20 delas, já valeu a pena”, conta.