A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) reassentou essa semana oito famílias que viviam em área de risco social no Fazendinha. A intervenção finaliza a implantação do Moradias Vila Nina, conjunto formado por 49 unidades habitacionais, no mesmo bairro.
Paralisada em gestões anteriores, a obra foi retomada pelo prefeito Rafael Greca, que determinou a aplicação de recursos municipais para a construção das últimas 23 casas – equipadas com sistemas de painéis fotovoltaicos para transformar luz solar em energia elétrica.
Além da construção das casas, o projeto também incluiu a implantação de infraestrutura, como serviços de drenagem, pavimentação, terraplanagem, redes de água e esgoto, iluminação pública e será realizada a recuperação ambiental dos locais de onde as famílias foram transferidas.
Nova realidade
A motorista de aplicativo, Keila do Nascimento, 22 anos, recebeu as chaves de sua nova casa onde vai morar com o irmão de 18 anos e a filha Laura, de 2 anos. Na casa anterior eles viviam em condição precária.
“Para nós será outra vida. A gente não tinha quarto, dormia no chão, mas aqui vou poder dar outra condição para minha filha”, afirma Keila.
Segundo ela, a obra beneficiou a comunidade toda. “Melhorou não só a nossa casa, mas a vila inteira, pois asfaltaram todas as ruas que antes eram ruins. Deram atenção para as casas que tinham alagamento. Foi uma espera que valeu a pena”, destaca Keila.
A família de Cristian Charles Ferreira, 32 anos, também está de casa nova. Ele, a mulher, Simone, e os dois filhos serão vizinhos de Keila. Isaac, de apenas 1 mês de vida, vai crescer em um ambiente favorável.
“Mudamos para essa casa confortável, ajeitadinha, perfeita para ser o nosso lar. Gostamos muito da região e tenho certeza que aqui vamos ter uma vida tranquila e alegre”, diz Cristian.
Cohab Solar
As moradias construídas na Vila Nina fazem parte do projeto Cohab Solar, que integra o programa Curitiba Mais Energia, cujo objetivo é popularizar o uso de energias renováveis para contribuir com as metas internacionais de enfrentamento do aquecimento global.
Compostos de vidro e silício, os painéis fotovoltaicos captam a radiação solar e enviam para um conversor que a transforma em energia elétrica para o uso doméstico, gerando economia de até 80% nas contas de luz das famílias atendidas.
“Já ouvi falar bastante dessas placas que ajudam no fornecimento de energia dentro de casa. Economia que vai colaborar para podermos buscar outras conquistas daqui para frente”, comemora Cristian.
Além do benefício financeiro, as placas representam geração de energia sustentável e sem impacto ambiental.
“A energia solar veio para ficar, é uma energia limpa, não poluente. Os projetos de habitação estão ligados à preocupação ambiental. Além das placas fotovoltaicas, nossos reassentamentos permitem que margens de rios sejam recuperadas”, explica o presidente da Cohab, José Lupion Neto.
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