Diversas instituições estão usando canais oficiais para negar possíveis crimes


Exata uma semana após o ataque que deixou quatro crianças mortas em Blumenau, no estado de Santa Catarina, escolas de todo o país passaram a receber ameaças semelhantes ao brutal crime que aconteceu no último dia 5. Em Curitiba, não é diferente. Diversas instituições estão usando canais oficiais para negar possíveis crimes, mesmo com a viralização nas redes sociais. A reportagem da Banda B, por exemplo, recebeu nesta quarta-feira (12) ameças em bairros de Curitiba, Pinhais e São José dos Pinhais.

Escolas integram programa Muralha Digital, da prefeitura (Foto: SMCS)

Nesta terça-feira (11), o secretário da Defesa Social de Curitiba, Pericles de Matos, participou de audiência na Câmara Municipal e afirmou que o município já fez a “lição de casa” para impedir que crimes ocorram nas escolas.

“Nosso padrão de qualidade é proporcional ao de países de primeiro mundo. Lamento pelas vítimas, mas ao observar o cenário, eles não dispunham da mesma rede de proteção que nós temos. Eu assevero a cada pai e a cada mãe, que tem seu filho no sistema municipal de educação, que nós não só temos a tecnologia, como temos protocolos e pessoas preparadas para agir. Aprendemos com os erros do passado, que ocorreram em diversos locais, e melhoramos nosso sistema”, afirmou.

Para Matos, que também é coronel da Polícia Militar (PM) e foi comandante-geral da instituição no Paraná, ataques como o de Blumenau são imprevisíveis e é por isso que a atuação deve se concentrar na antecipação de cenários.

 

“As crises em segurança publica irão se suceder, mas para o administrador público, é necessário se antecipar com preparação. Desta forma, as secretarias de Defesa Social e Educação já ativaram dispositivos, bem como fizeram a preparação dos profissionais para fazer a intervenções”, destacou.

Conhecer Para Prevenir

Quem também participou da sessão foi a secretária municipal da Educação, Maria Silvia Bacila. Ela citou o programa Conhecer Para Prevenir (CPP), projeto desenvolvido nas escolas da rede municipal.

“É um programa que já salvou muitas vidas em Curitiba, inclusive de pessoas doentes que ameaçaram as nossas unidades. São situações que nós procuramos não fazer alarde. Não são situações que nós publicamos, mas que temos o registro de como o CPP já foi muito valoroso para promover a situação da vida em Curitiba, em situações de assalto, de pessoas que ameaçaram estudantes com faca. As crianças e os profissionais sabiam agir nesse momento de difícil situação”, disse a secretária, que também destacou a inclusão das escolas no programa Muralha Digital.

O CPP é desenvolvido pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, em parceria com a Educação (SME), e tem o intuito de instruir e preparar crianças, professores, funcionários e pais como devem agir em casos de acidentes ou eventos que envolvam abandono do prédio, incêndios ou inundações, por exemplo.

Também orienta para a necessidade de permanência na unidade como em caso de tiroteios, invasões e outras situações de emergência.

Principais ações do projeto:

– Reuniões Periódicas com o Corpo Docente e Funcionários Terceirizados das Instituições Educacionais;

– Reuniões Com os Pais;

– Apresentação do Teatro de Fantoches da Guarda Municipal de Curitiba;

– Realização de Simulados;

– Manutenção das Ações e Realização de Cursos de Formação de Brigadas de Combate a Incêndios;

– Noções de Primeiros Socorros.