Segundo a Secretaria de Segurança, a idade média dos investigados beira os 12 anos
O secretário estadual de Segurança do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, disse nesta quinta-feira (13) que 44 adolescentes e crianças foram encaminhados à Polícia Civil por ameaças de ataques a escolas. Destes, 13 foram apreendidos. A informação foi revelada nesta quarta-feira (12), durante audiência pública da Assembleia Legislativa realizada em Londrina, no Norte do Estado.
Segundo o secretário, as ações foram possíveis graças a monitoramento do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), em conjunto com a inteligência das polícias Civil e Militar.
“Já estávamos atentos a isso considerando o que ocorria em outros estados e nos Estados Unidos. Então, o Batalhão de Operações Especiais e a Patrulha Escolar faziam simulados para situações de atirador ativo. Desde quando surgiu a primeira ocorrência, foram 44 menores identificados”, disse.
Todas as ameaças aconteceram após o primeiro ataque ocorrido a escola, que aconteceu na cidade de São Paulo no último dia 27.
O adolescente mais velho identificado por ameaças no Paraná tem 16 anos, mas segundo a Sesp, a idade média dos investigados beira os 12 anos.
Teixeira garante que o trabalho está sendo realizado de forma séria e pediu que o “oportunismo” não tome conta das discussões legislativas.
Protocolos atualizados
Durante a fala, o secretário destacou que a Polícia Militar (PM) mudou protocolos após a tentativa de mega-assalto que aconteceu em Guarapuava, no Centro-Sul, quando um cabo da corporação acabou morrendo em confronto com criminosos.
“De lá para cá, a segurança pública, e em especial a Polícia Militar, mudou todos os protocolos de atendimento para esse tipo de ocorrência, é outra polícia desde fatalidade. Vimos que os métodos adotados não eram os mais adequados e hoje, se houver um fato semelhante, como já ocorreu em Antonina, os criminosos já foram confrontados graças ao novo protocolo
Reforço nas escolas
Nesta quinta-feira, o governador Ratinho Junior anunciou que cerca de 5,6 mil policiais militares serão destinados para atuar nos colégios, dos quais em torno de 2 mil são oriundos da contratação mais recente do efetivo da PM e que concluíram o treinamento. A partir de agora, todas as viaturas policiais que não estiverem em atendimento de ocorrências ficarão em frente às escolas para reforçar a segurança dos locais.
Em uma outra frente de trabalho focada na saúde, o Estado vai contratar novos profissionais e bolsistas da área de psicologia para atuarem no suporte a professores e estudantes, em uma atividade de prevenção e identificação de potenciais riscos.
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