“Curitiba é reconhecida mundialmente por seu pioneirismo ambiental, que felizmente continua avançando com vigor, o que traz reflexos muito positivos também para a Região Metropolitana”, avalia a deputada.. Créditos: Orlando Kissner/Alep

Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (15), a deputada Márcia Huçulak (PSD) destacou os avanços dos programas de sustentabilidade ambiental em Curitiba.

Na semana passada, ela compareceu à assinatura do acordo de cooperação técnica entre a capital e a Associação Brasileira de Cimento Portland, que será desenvolvido por meio do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol), da qual participaram o prefeito Rafael Greca, o vice-prefeito e secretário estadual de Cidades, Eduardo Pimentel, e a secretária municipal de meio ambiente, Marilza Dias.

Trata-se de mais uma fase de um novo sistema de tratamento de resíduos sólidos, que inclui a substituição do destino dado atualmente ao lixo que vai para os aterros sanitários.

“Curitiba é reconhecida mundialmente por seu pioneirismo ambiental, que felizmente continua avançando com vigor, o que traz reflexos muito positivos também para a Região Metropolitana”, avalia a deputada.

Os resíduos podem ser utilizados como fonte de energia na indústria cimenteira, substituindo o coque de petróleo utilizado atualmente. Esse processo – chamado de CDRU, Combustível Derivado de Resíduos Urbanos – diminui a emissão de carbono na atmosfera (contribuindo para amenizar os efeitos das alterações climáticas) e também o volume de lixo que vai para os aterros.

Curitiba produz cerca de 1.500 toneladas de lixo por dia.  A cada tonelada de CDRU processada deixa-se de emitir 1,2 tonelada e dióxido de carbono na atmosfera.

De acordo com a secretária Marilza Dias, em um horizonte de cerca de cinco anos é possível zerar a destinação de resíduo bruto para aterros.

“É um ganho excepcional, tanto do ponto de vista ambiental quanto do econômico, já que o serviço exemplar de coleta realizado em Curitiba custa cerca de R$ 6 milhões por mês”, diz Márcia.

A deputada ainda destacou outro benefício do sistema: a geração de renda por meio das cooperativas de recicláveis, como no Programa Ecocidadão, por exemplo, da prefeitura de Curitiba.

Programa completo

A deputada lembra que a iniciativa assinada na semana passada se soma a outras ações que vêm sendo desenvolvidas em Curitiba na área ambiental, como a inauguração da Pirâmide Solar do Caximba, a geração de energia solar nos prédios públicos e nas casas da Cohab, o retorno da Família Folhas para estimular a participação dos moradores, o programa Amigo dos Rios, entre outros.

“É muito gratificante notar que Curitiba não se contenta com o histórico de reconhecimento mundial que tem na área ambiental e caminha a passos decididos para ser um exemplo cada vez mais completo em sustentabilidade”, disse a deputada.


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