Um homem e uma mulher foram capturados no momento em que tentavam enganar várias vítimas


Um homem e uma mulher que “vendiam” vagas na Polícia Civil do Paraná (PCPR) foram presos em flagrante por estelionato e usurpação de função pública em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na noite de sábado (29). A dupla foi pega pela polícia no momento em que tentava fazer mais vítimas e encaminhada para a Delegacia do Alto Maracanã.

Dupla que 'vendia' cargos na Polícia Civil do Paraná é flagrada por delegado durante 'palestra' e presa
O homem e a mulher (à direita) foram flagrados pela equipe do delegado Igor Moura, de Colombo. Foto: Divulgação/PCPR.

As investigações iniciaram há alguns dias, quando uma das vítimas percebeu que se tratava de um golpe e fez a denúncia, conforme as primeiras informações. A dupla realizava palestras, na maioria das vezes, em uma igreja de Colombo, e chegava a aplicar provas.

Os suspeitos diziam ser de orientação e, para tentar dar ar de legalidade, cobravam um quilo de alimento, de acordo com o delegado Igor Felipe de Aguiar Moura.

“Eles ofereciam vagas de trabalho na Polícia Civil, sendo que a pessoa ainda poderia escolher a delegacia, o local que queria trabalhar e a função que queria exercer, seja de delegado ou escrivão e investigador”,

explica Moura.

A prisão em flagrante da dupla aconteceu em uma dessas reuniões. Os policiais participaram da palestra e, ao confirmarem que realmente se tratava de um golpe, deram voz de prisão aos suspeitos.

A mulher envolvida no golpe se apresentava como integrante da Polícia Civil e, em outros momentos, como perita do Instituto Médico Legal (IML).

Golpes

Várias vítimas compareceram à Delegacia de Colombo, segundo o delegado. Os valores depositados pelas vítimas são diversos, desde pix de R$ 500 a R$ 4,5 mil. “No total, ultrapassa R$140 mil”, diz Moura. Várias vítimas, que estavam na falsa palestra compareceram à Delegacia.

Concurso Público

O delegado Moura destaca que a PCPR é uma instituição que preza pela idoneidade e que a única forma de entrada é a aprovação em concurso público. “Não tem outra forma, se alguém oferecer qualquer tipo de facilidade desconfie, porque é golpe, e, como todo crime, precisa ser denunciado”.