Segundo testemunhas, um veículo Citroen estaria em alta velocidade e bateu na traseira do Fiat Tipo da vítima. Outras duas pessoas da família de Alglacir ficaram gravemente feridas

Alglacir Viscão, de 53 anos, foi identificado como o motorista que morreu após o grave acidente ocorrido na madrugada do último sábado (9), no bairro Cajuru, em Curitiba. A batida aconteceu no quilômetro 83 da BR-277. Segundo testemunhas, um veículo Citroen estaria em alta velocidade e bateu na traseira do Fiat Tipo da vítima. Outras duas pessoas da família de Alglacir ficaram gravemente feridas.

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Pâmela Viscão é irmã da vítima. À Banda B, ela definiu os três dias posteriores ao acidente como “cinzas” para a família.

“Jamais imaginávamos perder alguém desta forma tão trágica. O outro motorista estava em alta velocidade e tinha ingerido bebida alcoólica. O sentimento de tristeza da perda do meu irmão se mistura com o sentimento de raiva pela impunidade. O Alglacir era muito querido”, comentou.

A vítima era aposentada, mas fazia ‘bicos’ para complementar a renda. No momento do acidente, ela estava com a esposa e o filho de 16 anos no carro. Pâmela descreve que o adolescente segue internado na UTI, enquanto a esposa assinou termo de responsabilidade para poder enterrar o marido. O velório aconteceu neste domingo (10), na cidade de Marmeleiro, no Sudoeste do Paraná.

Alglacir havia saído da casa da sogra no bairro Uberaba e seguia sentido ao bairro Campo Comprido quando a batida aconteceu.

Foto: Colaboração

No local, o motorista do Citroen afirmou aos socorristas ter ingerido bebidas alcoólicas horas antes, no almoço, e que não viu o Fiat Tipo na rodovia.

Polícia Civil investiga

O delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), comentou que inquérito já foi aberto para apurar o caso.

“Inicialmente, o caso é tratado como homicídio culposo [quando não há intenção de matar] e agora aguardamos os laudos do Instituto de Criminalística e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para apurar as eventuais responsabilidades”, explicou.

Família pede justiça

Revoltada com tudo o que foi apurado até aqui, a família pede justiça e pode fazer um protesto no local do acidente em breve.

“Nós vamos atrás de justiça e, se não conseguirmos, sabemos que a de Deus virá. O meu sobrinho está internado, a minha cunhada também corre riscos e, por mais que a gente saiba que justiça é difícil para gente pobre, vamos tentar”, concluiu.