A tendência é que Requião Filho assuma a presidência do PDT do Paraná, substituindo o também deputado estadual Goura Nataraj

Roberto Requião e o filho, o deputado estadual Requião Filho, vão se filiar ao PDT no próximo dia 16 numa solenidade na sede nacional do partido, Presidente João Goulart, em Brasília. O convite, assinado por Carlos Lupi, já começou a circular pelo Paraná e também na capital federal.
O PDT era o destino já previsível para ambos desde que deixaram o PT, depois de uma frustração com os rumos da gestão do presidente Lula. A aliança dos petistas à candidatura de Luciano Ducci (PSB) na eleição municipal de Curitiba em 2024 foi outro ponto de descontentamento “dos Requião”.
Para 2026, tanto pai quanto filho têm planos políticos. Requião Filho se coloca como pré-candidato ao governo do Estado e Roberto Requião pode concorrer a uma vaga ao Senado Federal. A presidência do PDT do Paraná é uma incógnita, uma vez Requião Filho diz que pode assumir o comando da legenda enquanto o atual dirigente, o também deputado estadual Goura Nataraj, fala em permanência no cargo.
“A ideia de entrar no PDT é a ideia de criar uma nova plataforma, um novo programa, uma nova opção para o governo do Paraná. Construir um programa que atenda a todos os paranaenses, dos pequenos aos grandes, um programa que seja real e não apenas uma propaganda na televisão ou numa rede social. O PDT nos dá uma base trabalhista com histórico de investimento em educação e no estado necessário. É importante para que a gente possa ter um debate mais aprofundado sobre o Paraná nas próximas eleições”, diz Requião Filho.
O PDT vive um momento delicado no cenário nacional. Carlos Lupi era quem comandava o ministério da Previdência quando estourou o escândalo dos descontos ilegais de aposentados e pensionistas do INSS — através de associações, sindicatos e empresas privadas que operam junto ao sistema previdenciário.
Lupi pediu exoneração do cargo logo após a operação “Sem Desconto” deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União. A repercussão extremamente negativa provocou a instalação de uma CPMI para investigar as fraudes dos descontos ilegais nas folhas de benefício de segurados do INSS.
Os trabalhos da comissão mista serão iniciados após o recesso parlamentar e o PDT pode sair com a imagem chamuscada. “Não tem partido com imagem imaculada no Brasil. Infelizmente existe uma mancha sobre todos da política”, reagiu Requião Filho — futuro presidente do partido no Paraná.
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