Nos bastidores, espera-se o movimento político de Rafael Greca que deseja disputar o governo em 2026. Se houver uma ruptura com o time de Ratinho, Greca pode disputar a Prefs em 28

É bem verdade que oito meses é um período muito curto para se avaliar uma gestão de um prefeito de Curitiba, mas o resultado do levantamento feito pela Paraná Pesquisa, divulgado nesta terça-feira (12), sobre a avaliação e aprovação da administração de Eduardo Pimentel (PSD) agradou a cúpula do Palácio 29 de Março.
80,5% dos curitibanos ouvidos na pesquisa disseram aprovar a gestão do prefeito, enquanto 17,1% responderam desaprovar e 2,4% não souberam ou não responderam. 64,4% consideram a administração ótima ou boa e 9,7% classificaram como ruim e/ou péssima. A Paraná Pesquisa ainda mediu junto aos curitibanos o índice de aprovação do governo Ratinho Junior e do presidente Lula. 81,1% aprovam a administração do governador e 63,5% desaprovam a gestão do petista.
Mas a equipe do núcleo duro de Eduardo Pimentel se debruçou mesmo foi num outro dado da pesquisa. Como o curitibano avalia a gestão de Eduardo Pimentel quando é comparada com a do ex-prefeito Rafael Greca (PSD)?
O levantamento mostra que 24,4% consideram a atual administração melhor do que a anterior, enquanto 60,8% acham que está igual e só 12% disseram que a gestão de Rafael Greca foi melhor que a de Eduardo Pimentel.
As eleições de 2026 e 28
Este dado é interessante por conta da questão política. Até as pedras do Centro Cívico sabem do desejo de Greca de disputar o Governo do Estado em 2026, ao mesmo tempo, é quase tão cristalino quanto o fato do nome do ex-prefeito da capital está longe da predileção do governador Ratinho Junior para ser o candidato do PSD ao Palácio Iguaçu.
Existe um receio no Palácio 29 de Março de que se de fato Rafael Greca for escanteado pelo PSD em 26, ele possa se aventurar numa disputa pela Prefeitura de Curitiba em 2028 — obviamente que em outro partido, o que representaria uma ruptura com o grupo liderado hoje por Ratinho.
Portanto, a ordem no Palácio 29 de Março é imprimir uma gestão com a cara de Eduardo Pimentel, virando a página da antiga administração sem , no entanto, promover uma caça às bruxas.
Considera-se que Greca pode perder fôlego político durante o longo inverno que distancia as eleições de 2026 e 2028 e, sem espaço no governo municipal e estadual, ficaria longe dos holofotes.
A eleição ao Iguaçu em 26, portanto, terá reflexo no pleito de 28. Conta uma boa fonte da prefeitura, que todos aguardam o movimento político de Rafael Greca no ano que vem — leia-se Giovani Gionédis e, numa escala menor, Lucas Navarro.
Se houver o rompimento político de Rafael Greca com o time encabeçado por Ratinho, os aliados de primeira hora do ex-prefeito, que permaneceram na atual administração, poderão ser os primeiros defenestrados do Palácio 29 de Março. Em português claro: a depender da escolha política de Rafael Greca, ele será considerado aliado ou inimigo em 28.
0 Comentários