O jantar na chácara de Ratinho materializou bem o mantra que o governador vem repetindo: no Paraná não brigamos com ninguém

Foi para lá de prestigiado o jantar oferecido pelo governador Ratinho Junior, na sua chácara em Santa Felicidade, para uma boa parte dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná.
O menu foi refinado e elogiadíssimo: arroz de polvo, salmão, legumes, salada e um tipo de carne. Eram algumas das opções servidas.
Por parte do governo, só o anfitrião e o secretário Chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega. Luciano Borges dos Santos, que responde pela Procuradoria Geral do Estado, não foi. Assessores mais próximos de Ratinho também não, embora alguns deles chegaram a confirmar presença.
Por parte do TJ, em torno de 40 desembargadores, mas há quem tenha registrado mais de 50 — quase metade dos mais de 120 desembargadores. É preciso dar um desconto na tarefa de contagem após um gole e outro de whisky e vinho de grandes rótulos.
Boa parte, por exemplo, da cúpula diretiva esteve no encontro com Ratinho — inclusive a presidente, Lídia Maejima. O desembargador Jucimar Novochadlo, que vai disputar novamente a presidência do TJ após a gestão de Lídia, também circulou bem entre os convidados.
Os que pretendem disputar a presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) marcaram presença e mapearam o terreno para a eleição do substituto de Sigurd Bengtsson. Uma grande parte dos integrantes do Órgão Especial também prestigiou o rega-bofe. Desembargadores de praticamente todas as alas internas do TJ.
As questões políticas envolvendo governo e TJ obviamente que foram tema de conversa durante o jantar. Não houve, porém, nenhum discurso. Mas nas rodinhas, o assunto sobre a votação da lista sêxtupla da OAB foi recorrente.
Teve desembargador pedindo votos abertamente para a candidata Letícia Ferreira — ex-PGE e favoritíssima para assumir uma cadeira no TJ. Teve quem reclamou do desconforto da exposição do reservado jantar — apesar da quantidade de convidados.
O jantar na chácara de Ratinho materializou bem o mantra que o governador vem repetindo: no Paraná não brigamos com ninguém.
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