Toda esta mudança no comando do União Brasil do Paraná tem como pano de fundo a eleição para o governo do Paraná em 2026

Numa nota divulgada nas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (4), o deputado federal Felipe Francischini comunicou a renúncia da presidência do União Brasil do Paraná — abrindo espaço para o senador Sergio Moro assumir o diretório estadual.
O Blog Politicamente adiantou ontem (3) os bastidores de um acordo costurado internamente no União Brasil que resulta na mudança de comando do partido de Antonio Rueda no Paraná. A saída evitou o desgaste interno do partido ter de julgar o pedido de intervenção feito por Moro no diretório estadual.
- Na nota, Felipe Francischini agradece a Rueda pela parceria e diz que ainda não decidiu o futuro político. Comenta-se nos bastidores em Brasília, que Renata Abreu, mandachuva do Podemos, teria aberto as portas para ele. Dentro do Podemos do Paraná, este convite dividiu filiados com mandato. Alguns comemoraram outros torceram o nariz.
É preciso saber se o Podemos dará carta branca para Felipe Francischini decidir o rumo da legenda em 26. Hoje o partido de Renata Abreu está muito próximo de Ratinho Junior, e nas contas do Palácio Iguaçu o Podemos esta no arco de aliados para a eleição do ano que vem.
Uma outra possibilidade, esta mais remota, é Felipe Francischini pemanecer no União Brasil. Uma fonte do diretório nacional conta que a boa relação com Rueda pode render um convite para assumir a Federação União Progressista no Paraná — que agregou União Brasil e Progressistas.
Eleição para o Iguaçu como pano de fundo
Toda esta mudança no comando do União Brasil do Paraná tem como pano de fundo a eleição para o governo do Paraná em 2026. Com a presidência do partido e o bom relacionamento com Rueda e também com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, Moro dá sustentação política à candidatura e agora vai em busca de aliados para fazer frente ao candidato do Iguaçu.
O primeiro obstáculo, porém, será “dentro de casa” com o próprio PP — já que Ricardo Barros sinaliza à pessoas próximas que não pretende entrar no barco de Moro, o que, ao mesmo tempo, pode ser uma estratégia do cacique do Progressistas para que o Palácio Iguaçu honre as emendas parlamentares que prometeu aos federais do partido. Se já vestir a camisa de Moro, o partido pode sofrer relatiações do governo do Estado.
Da porteira para para fora, o ex-juiz da Lava Jato vai ter trabalho também. Muitos partidos estarão fechados para negociação envolvendo 2026 — fruto de uma estratégia política do time de Ratinho Junior para segurar os partidos da base.
Mas a depender da escolha do sucessor dentro do PSD, alguns descontentes com a futura decisão de Ratinho podem pular da jangada. Abrindo caminho para um rearranjo político.
Rafael Greca é um deles. Ciente do afastamento e das predileções do governador quanto a sucessão, ex-prefeito de Curitiba observa o cenário para se posicionar nesta tabuleiro eleitoral. Se filiar ao PP de Ricardo Barros sempre foi uma hipótese bastante real, mas com Moro como candidato, Greca pode escolher outro caminho. Ou quem sabe até ser o vice do senador numa composição puro sangue.
Quem observa tudo é Giovani Gionédis, principal conselheiro político do ex-prefeito da Capital, que ainda tem uma certa resistência ao senador, uma vez que foi alvo dele no caso Banestado.
A sete meses das convenções partidárias, estrategistas fazem as contas e rabiscam o tabuleiro da disputa pelo governo do Paraná. E a renúncia de Felipe Francischini mexe com as peças do jogo para 2026.
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