A novela dentro do Podemos paranaense ganhou mais um capítulo. O secretário de Governo da Prefeitura de Curitiba, Marcelo Fachinello, decidiu permanecer na sigla e, de quebra, vai assumir o diretório municipal de Curitiba — posto que estava nas mãos do deputado estadual Denian Couto, que deixou o partido atirando para todos os lados, no mesmo tom usado pelo ex-senador Alvaro Dias ao se despedir da legenda.
A decisão de Fachinello foi sacramentada em reunião com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, e com o deputado federal Felipe Francischini. O encontro serviu para colocar fim às especulações sobre uma possível migração partidária do secretário, que optou por ficar e reforçar o grupo político ligado a Francischini.
As saídas de Denian e Alvaro, vale lembrar, ocorreram logo após Francischini colocar a mãe, Luciane Bonato, na presidência estadual do Podemos — movimento que gerou desconforto interno, mas faz parte de uma costura para que o próprio Francischini assuma oficialmente o comando da sigla no Paraná após sua desfiliação do União Brasil.
Apesar da turbulência, o clima dentro do Podemos está longe de ser de terra arrasada. Renata Abreu articula uma reestruturação estadual e já desenha uma meta ousada para 2026: eleger ao menos três deputados federais — aprendendo com o erro estratégico de 2022, quando Deltan Dallagnol fez mais de 340 mil votos, mas a legenda acabou com apenas uma cadeira na Câmara.
Nos bastidores, Fachinello deve focar na reeleição à Câmara Municipal em 2028, jogando um balde de água fria nos rumores de que poderia tentar uma vaga na Assembleia Legislativa. A avaliação é que, com o fortalecimento do grupo de Francischini e o comando do diretório curitibano, o secretário ganha fôlego político e espaço estratégico dentro do partido.
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