Profusão de candidatos da Direita embola o cenário pelo Senado. Na disputa pelo Iguaçu, Moro segue na dianteira e o PSD indefinido

Uma profusão de candidatos do espectro da Direita embola o cenário da corrida pelas duas vagas ao Senado na eleição de 2026 — captado na mais recente pesquisa do Instituto Ágili, divulgado nesta segunda-feira (13).
Cristina Graeml (União Brasil), Filipe Barros (PL) e Jeffrey Chiquini (Novo) foram testados no levantamento eleitoral que ainda traz, num dos panoramas, o nome de Deltan Dallagnol (Novo).
A pesquisa não incluiu o nome do governador Ratinho Junior, que sonha com a candidatura à presidência da República. Se ele resolver disputar o Senado, uma vaga é dele, o que aumentaria a carnificina pela segunda cadeira.
Sem Ratinho, a disputa promete ser muito acirrada. Se de um lado sobra concorrente, na ala da esquerda parece haver uma convergência em torno do nome de Zeca Dirceu, do PT. Gleisi Hoffmann, ministra de Lula, não deve arriscar e no ano que vem vai apostar na renovação do mandato na Câmara Federal.
Apesar de ser uma possibilidade para o Senado, Deltan é tido como um trunfo do Novo para puxar voto e eleger uma bancada de deputado federal robusta. Há sinais já em Brasília de que a candidatura do ex-procurador da República vai ser questionada na Justiça Eleitoral.
Sem Deltan, a corrida eleitoral fica ainda mais imprevisível — com quatro candidatos empatados dentro da margem de erro, tendo Filipe Barros (PL), com apoio de Bolsonaro, numericamente à frente.
Chama a atenção a performace do advogado Jeffrey Chiquini, também do Novo, que começa a ganhar força dentre os eleitores de Direita. Como defensor de Filipe Martins, ex-assessor internacional no governo Bolsonaro, no julgamento da trama golpista, Chiquini se diferencia dos demais concorrentes: é o único hoje que enfrenta Alexandre de Moraes na prática, não só no discurso.
Disputa pelo Palácio Iguaçu
Na corrida pelo Palácio Iguaçu sem grandes surpresas. O senador Sergio Moro segue na dianteira e o PSD mantém a indefinição interna entre Alexandre Curi e Guto Silva na disputa pela sucessão de Ratinho Junior. “A Escolha de Sofia” dentro do PSD acaba por interditar a candidatura do partido do governador.
O nome de Rafael Greca voltou a ser uma opção ao eleitor paranaense, para a alegria do seretário de Desenvolvimento Sustentável que esbravejava nas redes sociais quando era “esquecido” pelos institutos de pesquisa. Também pudera, o ex-prefeito de Curitiba não tem espaço dentro do PSD para disputar o governo.
Greca que era o candidato do PSD que melhor pontuava contra Moro, agora divide este status com Alexandre Curi. Enquanto Guto Silva, embora tenha crescido, segue com apenas um dígito nos cenários contra o candidato do União Brasil.
Falando em Sergio Moro, nem mesmo a presidência do União Brasil lhe garante a tranquilidade durante a pré-campanha, já que o PP dá sinais cada vez mais claros de quem não quer caminhar junto em 2026. Num vídeo divulgado pelos Progressistas, Ciro Nogueira avisa que pretende brigar em Brasília pela decisão do diretório paranaense.
Além desta divergência interna, soma-se ao à lista de preocupação de Moro o julgamento na Suprema Corte da denúncia de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes. Apesar do pedido de vista de Luiz Fux, a 1ª Turma do STF já formou maioria para tornar réu o ex-juiz da Lava Jato.
Requião Filho aparece na maioria dos cenários em segundo lugar e quando o nome de Moro é retirado, o pedetista chega a liderar a corrida. Mas já há sinais de perda de musculatura, já que a Ágili mostrou que diferença está mais apertada para a turma que vem atrás.
Paulo Martins, do Novo, é outro que cresce quando o ex-juiz da Lava Jato é retirado da disputa. Nos demais cenários, ele mantém uma estabilidade com uma porcentagem próxima aos 10%. A candidatura do Novo depende, exclusivamente, do plano estratégico que esta sendo rascunhado pelo Palácio Iguaçu.
%20(1200%20x%20300%20px)%20(1200%20x%20150%20px).gif)








0 Comentários